"Outro dia mesmo vi meu filho chegar; veio ao mundo como todos os outros. Mas havia aviões a apanhar e contas a pagar; enquanto eu estava fora ele aprendeu a andar."
Nesse mês de Maio, essa é a frase que gostaria que ficasse para nós mães (embora o livro seja escrito para os homens, cabe muito bem a nós, mulheres de hoje). Do livro "O Homem de Hoje" de Patrick Morley mostra, à despeito dos aviões (que nem todos utilizam), o grande problema de nossos dias: Falta de Tempo. Não quero ser pretensiosa porque não tenho competência para esplanar um assunto que sabemos ser um divisor de águas entre pais e filhos e sociedade moderna. Sou mãe, tenho três filhos e hoje me encontro na fase do "ninho vazio". Enquanto pude, estive presente e enquanto estiver por aqui, estarei presente. É cansativo, é. Mas quem disse que seria fácil? Só que é muito mais prazeiroso: contar histórias na hora de dormir (isso o meu marido que fazia muito bem), ir ao parque conhecer os primeiros bichinhos grandes, conhecer a praia, curtir os avós, primeiro dia de escola (eu que queria ficar com eles...), primeira namorada(o) bem, vou ficar por aqui... porque parece que foi ontem e, agora eles sairam; cada qual em busca de seus sonhos. Peço a Deus que esteja com eles em cada segundo, onde estiverem... Como diz Khalil Gibran: embora estejam contigo, a ti não pertencem. Podes dar-lhes o seu amor, mas não seus pensamentos, pois que eles tem seus pensamentos próprios; podes abrigar seus corpos, mas não suas almas, pois que suas almas residem na casa do amanhã, que não podes visitar sequer em sonhos... Que a tua inclinação na mão do arqueiro seja para a alegria, pois assim como ele ama a flecha que voa, também ama o arco que permanece estável.
Enquanto crianças, podemos acompanhar nossos filhos - o que eles vêem e fazem. Eles não sabem distinguir o que é melhor para si - inúmeras horas por dia vendo TV ou na Internet contra poucos minutos de conversa (quem sabe, um pouco mais) com mamãe e/ou papai merece nossa reflexão... Depois, adolescentes, é mais fácil que escutem os coleguinhas... (esteja com seu filho).
De mãe para mães, vamos rever nossos valores e, a idéia de que a qualidade de tempo e não a quantidade, é que importa enquanto buscamos nossa realização pessoal é, para mim, um terreno minado. Todos carecemos de abraços, atenção, compreensão, tempo gasto passado junto - muuuito tempo! troca de olhares, silêncios, vivência, valores etc...
A todas as mães, as que nem sabem, mas serão mães; as que já tem anos de experiência; as vovós-mães (hoje em dia é o que mais tem); de todas as raças e credos; de todas as cores; de todo nível social; aquelas que adotaram; as que lutam sózinhas; as titias-mães; aos pais-mães e,
em especial a duas mães: a minha - referência para toda a minha vida e
a uma jovem mãe que me colocou nesse mundo virtual, a meu pedido (sem saber o quanto me fez bem!)- Cristiana Guerra, muito obrigada e
um FELIZ DIA DAS MÃES!